2009 – O Ano Incerto e Não Sabido
Anunciar as previsões de 2009 é um exercício de coragem diante da cortina de fumaça preta que a crise global soprou nos olhos mais atentos do mundo. A única certeza é o incerto ou o não sabido. Como e quando o débâcle passará ninguém sabe e, pior, os especialistas parecem um bando de papagaios a converter uma opinião de chutágora em um mantra: “o primeiro semestre será ruim, mas, a partir do segundo, as coisas vão melhorar”. Não é bem assim! O Brasil poderá entrar em recessão em junho, e se houver estagnação e deflação na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, haverá depressão por lá. Os otimistas dirão que “estamos um pouco melhor que os países desenvolvidos” – give me a break! Todo mundo está numa grande encrenca que recrudesce há pelo menos cinco anos, quando, por coincidência, a festa anestesiante do crédito abundante e dos derivativos financeiros fantasiados deixou a galera cheia de bolhas de tanta folia. E agora, José? A festa acabou e não dá para dizer: “ Oba, Obama! Toma que o filho é teu! Quem pariu Matheus, que o embale!”. Bem, é hora de encarar os fatos e 2009 pedirá o seguinte:
Liderança
O artigo mais em falta hoje no mundo é uma liderança efetiva e criativa. Depositar todas as fichas em Barack Obama é, no mínimo, irresponsável. Pra começar, changing is not comming! Barack pode ter o melhor time do mundo, mas se o treinador não tiver a melhor estratégia, o dream team poderá ter pesadelos. Infelizmente, parece que, pelos anúncios já divulgados, como a ajuda às montadoras GM e Chrysler e novo pacote de incentivos de US$1,000,000,000,000.00 para “aquecer” a economia, poderá ser mais do mesmo diagnóstico de zanoio. Hei, Milton Fridman e John Maynard Keynes já morreram!!! O mundo mudou! A Segunda Guerra acabou! A Guerra Fria passou! O muro caiu! Niguém faz mais fila na porta do banco para transferir ou sacar dinheiro! A idéia de que o mercado por si só ajustaria tudo só criou mais bandidos e governos corruptos! Voltar para o artificial pleno emprego é loucura ou, no mínimo, tapar o sol com a peneira. E mais, é bom parar com o mantra da eficácia do diálogo multilateral para liderar a travessia da revolta a economia que todos fingem que não vêem. O que um líder precisa é das necessidades postas, ele não precisa de ideologias impostas. Já basta a capacidade de Lula reunir Chefes de Estado para bater palmas para loucos (Evo, Chavez, Correia e a decadente Cristina)!
Fraude
A raiz da crise global está na disseminação dos crimes financeiros praticados em todos os mercados por meio de mentes criativas e embusteiras. O nome do crime: fraude, estelionato (171), furto, assalto e muitos outros listados nos códigos penais daqui e d´alhures. Eron, Adelpha Communication, WorldCom, Dynegy, Bristol-Myers, Squibb, Halliburton, HealthSouth, McKesson, Qwest, El Paso Corporation, Freddie Mac, AIG, ou seja, se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão! A não ser que se refira à opção #2 no rest room, é bom parar também de falar que o sistema financeiro brasileiro (bancos) é sólido, a fim de não pegar os desavisados e sempre mal informados de calças curtas. Então, o mundo mudou e tem muito espertalhão na praça mundial. O ano poderia ser auspicioso se eles começassem a ir jogar xadrez na Sibéria.
Realidade
O mundo ficou uma Busha e é hora de encarar os balanços vermelhos. O Brasil inteiro vai depender de São Paulo para não quebrar em 2010, porque, se a Agroindústria paulista reduzir a produtividade além de 10%, o pais não terá abastecimento suficiente nem para o mercado interno, tampouco para o externo, porque o crédito além de escasso está caro, as áreas plantadas se reduzem, os investimentos nas usinas de álcool e açúcar tombaram por causa da queda dos preços das commodities. No mais, a fantasia de que a China iria compensar a redução da demanda dos Estados Unidos, da União Européia e do resto da Ásia deu azia. Como a alta do desemprego e a progressão da inadimplência de pessoas físicas e jurídicas estão no check list do próximo março, é recomendável ler o Sermão da Quarta-feira de Cinzas, do Padre. Antonio Vieira, a fim de certas pessoas pararem de culpar os outros pela crise e se vitimarem como alvo de preconceito das elites. 2009 é um ano de esforço, trabalho árduo, labuta dura – coisa que muita gente não sabe faz tempo...
A Civilização Americana
Nem Roma dos Caesers, nem o Egito dos Faraós, tampouco a Macedônia de Alexandre foram capazes de consolidar um império tão poderoso e influente no mundo como a América de Jefferson ou dos Founding Fathers. A contar com essa magnitude que cria, destrói e recria, os americanos têm a tarefa de apresentar em 2009 um turning point para uma ordem econômica, política e cultural que agregue e lidere um mundo possível, a fim de coexistirem os diversos mundos e de desestimulares os ultrapassados fundamentos das guerras entre cristãos e mulçumanos. Dezembro de 2012 – possível fim do mandato Obama -, parece um dead line para os americanos cumprirem essa missão. Então, ao invés de se comportarem como atiradores de pedras ou claque de show de loucos, melhor não criar atalhos complicados, mas, sim, unir-se em torno dessa criação possível, com disciplina, trabalho e muita diligência, sob pena de sentir 2009 como um chicote a rachar constantemente a cabeça, pois o tio Sam tem fala mansa, mas carrega uma vara grande.
Anunciar as previsões de 2009 é um exercício de coragem diante da cortina de fumaça preta que a crise global soprou nos olhos mais atentos do mundo. A única certeza é o incerto ou o não sabido. Como e quando o débâcle passará ninguém sabe e, pior, os especialistas parecem um bando de papagaios a converter uma opinião de chutágora em um mantra: “o primeiro semestre será ruim, mas, a partir do segundo, as coisas vão melhorar”. Não é bem assim! O Brasil poderá entrar em recessão em junho, e se houver estagnação e deflação na Europa, nos Estados Unidos e no Japão, haverá depressão por lá. Os otimistas dirão que “estamos um pouco melhor que os países desenvolvidos” – give me a break! Todo mundo está numa grande encrenca que recrudesce há pelo menos cinco anos, quando, por coincidência, a festa anestesiante do crédito abundante e dos derivativos financeiros fantasiados deixou a galera cheia de bolhas de tanta folia. E agora, José? A festa acabou e não dá para dizer: “ Oba, Obama! Toma que o filho é teu! Quem pariu Matheus, que o embale!”. Bem, é hora de encarar os fatos e 2009 pedirá o seguinte:
Liderança
O artigo mais em falta hoje no mundo é uma liderança efetiva e criativa. Depositar todas as fichas em Barack Obama é, no mínimo, irresponsável. Pra começar, changing is not comming! Barack pode ter o melhor time do mundo, mas se o treinador não tiver a melhor estratégia, o dream team poderá ter pesadelos. Infelizmente, parece que, pelos anúncios já divulgados, como a ajuda às montadoras GM e Chrysler e novo pacote de incentivos de US$1,000,000,000,000.00 para “aquecer” a economia, poderá ser mais do mesmo diagnóstico de zanoio. Hei, Milton Fridman e John Maynard Keynes já morreram!!! O mundo mudou! A Segunda Guerra acabou! A Guerra Fria passou! O muro caiu! Niguém faz mais fila na porta do banco para transferir ou sacar dinheiro! A idéia de que o mercado por si só ajustaria tudo só criou mais bandidos e governos corruptos! Voltar para o artificial pleno emprego é loucura ou, no mínimo, tapar o sol com a peneira. E mais, é bom parar com o mantra da eficácia do diálogo multilateral para liderar a travessia da revolta a economia que todos fingem que não vêem. O que um líder precisa é das necessidades postas, ele não precisa de ideologias impostas. Já basta a capacidade de Lula reunir Chefes de Estado para bater palmas para loucos (Evo, Chavez, Correia e a decadente Cristina)!
Fraude
A raiz da crise global está na disseminação dos crimes financeiros praticados em todos os mercados por meio de mentes criativas e embusteiras. O nome do crime: fraude, estelionato (171), furto, assalto e muitos outros listados nos códigos penais daqui e d´alhures. Eron, Adelpha Communication, WorldCom, Dynegy, Bristol-Myers, Squibb, Halliburton, HealthSouth, McKesson, Qwest, El Paso Corporation, Freddie Mac, AIG, ou seja, se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão! A não ser que se refira à opção #2 no rest room, é bom parar também de falar que o sistema financeiro brasileiro (bancos) é sólido, a fim de não pegar os desavisados e sempre mal informados de calças curtas. Então, o mundo mudou e tem muito espertalhão na praça mundial. O ano poderia ser auspicioso se eles começassem a ir jogar xadrez na Sibéria.
Realidade
O mundo ficou uma Busha e é hora de encarar os balanços vermelhos. O Brasil inteiro vai depender de São Paulo para não quebrar em 2010, porque, se a Agroindústria paulista reduzir a produtividade além de 10%, o pais não terá abastecimento suficiente nem para o mercado interno, tampouco para o externo, porque o crédito além de escasso está caro, as áreas plantadas se reduzem, os investimentos nas usinas de álcool e açúcar tombaram por causa da queda dos preços das commodities. No mais, a fantasia de que a China iria compensar a redução da demanda dos Estados Unidos, da União Européia e do resto da Ásia deu azia. Como a alta do desemprego e a progressão da inadimplência de pessoas físicas e jurídicas estão no check list do próximo março, é recomendável ler o Sermão da Quarta-feira de Cinzas, do Padre. Antonio Vieira, a fim de certas pessoas pararem de culpar os outros pela crise e se vitimarem como alvo de preconceito das elites. 2009 é um ano de esforço, trabalho árduo, labuta dura – coisa que muita gente não sabe faz tempo...
A Civilização Americana
Nem Roma dos Caesers, nem o Egito dos Faraós, tampouco a Macedônia de Alexandre foram capazes de consolidar um império tão poderoso e influente no mundo como a América de Jefferson ou dos Founding Fathers. A contar com essa magnitude que cria, destrói e recria, os americanos têm a tarefa de apresentar em 2009 um turning point para uma ordem econômica, política e cultural que agregue e lidere um mundo possível, a fim de coexistirem os diversos mundos e de desestimulares os ultrapassados fundamentos das guerras entre cristãos e mulçumanos. Dezembro de 2012 – possível fim do mandato Obama -, parece um dead line para os americanos cumprirem essa missão. Então, ao invés de se comportarem como atiradores de pedras ou claque de show de loucos, melhor não criar atalhos complicados, mas, sim, unir-se em torno dessa criação possível, com disciplina, trabalho e muita diligência, sob pena de sentir 2009 como um chicote a rachar constantemente a cabeça, pois o tio Sam tem fala mansa, mas carrega uma vara grande.